Pular para o conteúdo

PEDES

COMPLEXOS ECONÔMICOS

Os complexos econômicos são caracterizados por meio de setores-chave para o desenvolvimento econômico, de fatores de competitividade setorial e regional e ligados a uma mesma base técnica e produtiva. 

E por que isso é importante? Porque a economia fluminense se caracteriza por ter uma estrutura produtiva oca e pouco diversificada. Vejamos o exemplo do setor de petróleo e gás: esse setor possui o maior peso na economia fluminense, porém, as atividades existentes estão concentradas na extração de um recurso não renovável, ou seja, nem todas as atividades das demais etapas da cadeia produtiva, como o refino, petroquímico, estão plenamente desenvolvidas no Rio. 

Para fins de identificação e seleção dos complexos econômicos no âmbito do PEDES, foram estabelecidos os seguintes critérios técnicos e econômicos:

DETALHAMENTO DOS COMPLEXOS

1 | ECONOMIA VERDE

A Economia Verde responde às necessidades de preservação e recuperação dos recursos naturais, além de seu caráter sustentável para o desenvolvimento econômico e a necessidade de descarbonização da economia. Assim, o critério sustentabilidade socioambiental determinou a escolha da Economia Verde, que abrange a agricultura de baixo carbono, produção de energias renováveis, a gestão de resíduos sólidos e circularidade e os serviços financeiros de negociação de ativos ambientais do estado. Ou seja, trata-se de setores capazes de terem uma articulação entre si e de ser um meio para a concretização das missões. No Rio de Janeiro, podemos apontar como setores líderes:

O Estado do Rio de Janeiro tem os seguintes fatores de competitividade:

Ativos Ambientais: o Rio já possui protocolos assinados com agentes de mercado de carbono para a negociação de ativos no estado. 

Capacidade científico-tecnológica e inovativa do setor de P&G pode ser utilizada como vetor de mudança, para converter o estado em um hub global de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação no âmbito da transição energética. 

Potencial para o desenvolvimento da agricultura de baixo carbono, apoiada sobre uma produção agroflorestal: redução nas emissões GEE e geração de empregos nas regiões mais vulneráveis em termos socioeconômicos.

2 | ECONOMIA DA SAÚDE

Os critérios para a escolha da Economia da Saúde foram: o potencial de gerar uma economia diversificada e integrada, bem como apresentar vantagem competitiva associada ao progresso técnico; por possuir força de arrecadação no estado e por ter marco institucional do setor com políticas públicas. Assim, foi a área da saúde que formulou, de forma sistematizada, a ideia de complexo econômico. Há mais de 20 anos, a FIOCRUZ pesquisa, debate e faz acontecer, na saúde, uma matriz que articula política social, política industrial e política de inovação. O Complexo Econômico da Saúde requer a constituição de sistemas universais e em bases produtivas e de inovação fortes, soberanas e socialmente orientadas. No Rio de Janeiro, podemos apontar como setores líderes:

Há, no ERJ, algumas características que favorecem o desenvolvimento desse complexo econômico, denominados fatores de competitividade. São eles: sistema universal de saúde com capilaridade em todo território e maior estrutura de saúde pública do país; produção relevante em ciência e tecnologia na área de saúde; indústrias relevantes na área farmacêutica, equipamentos, teste para diagnósticos, produção de vacinas e soros; presença de biodiversidade e recursos naturais para diversificação produtiva.

3 | ECONOMIA DO MAR

A Economia do Mar foi escolhida pelos critérios da sustentabilidade socioambiental e do marco institucional existente de interação do setor com políticas públicas, como a existência de instituições tradicionais e a Lei Estadual nº 9.466/2021, que define uma política estadual a elaboração de um plano estratégico para a Economia do Mar. Esse complexo é composto pelas cadeias produtivas do petróleo e gás*, indústria naval, navegação de apoio marítimo e indústria náutica, setor pesqueiro (pesca, aquicultura e afins), defesa, turismo, esporte e lazer e biotecnologia marinha. No Rio de Janeiro, podemos apontar como setores líderes:

Os fatores de competitividade do Estado do Rio de Janeiro são:

4 | PETRÓLEO E GÁS - (P&G)

O complexo econômico do P&G foi selecionado pelo peso do setor na economia fluminense, além de apresentar uma economia diversificada e integrada e por representar uma grande força de arrecadação para o estado. Ele agrega a exploração e produção de petróleo e gás natural (extração e atividades de apoio à extração), atividades de refino do petróleo e o processamento ou regaseificação do gás natural, e consumo final ou consumo material dos produtos derivados. No Rio de Janeiro, verificou-se que a extração, o refino e as indústrias de 2ª e 3ª gerações são setores capazes de atrair outros setores, com possibilidade de incremento dos empregos e aumento de arrecadação do complexo de Petróleo & Gás. Assim, são setores líderes a Fabricação de Produtos do Refino do Petróleo; e a Fabricação de Petroquímicos.

No Estado do Rio de Janeiro, os fatores de competitividade são:

5 | ECONOMIA CRIATIVA E TURISMO

A ampla diversidade cultural presente no Estado do Rio de Janeiro tem a capacidade de proporcionar conexões culturais e importantes atratividades turísticas por todo o território fluminense. Para mais, o destaque histórico do estado em termos nacionais e internacionais pode ser resgatado com maior grau de complexidade e valor agregado. Esses elementos, com potencial de melhor aproveitamento, tornam a Economia da Cultura e do Turismo estratégica para o desenvolvimento econômico e social. O complexo da Economia da Cultura e do Turismo abarca a indústria audiovisual, setor de viagens, bares e restaurantes, design, hospedagens e alojamentos e festas e celebrações. Os setores com maior participação no complexo da cultura no estado do Rio de Janeiro são: editorial (29,67%), festas e celebrações (23,46%) e audiovisual (22,36%). A participação do estado do Rio de Janeiro no total de empregos do Brasil no setor de audiovisual equivale a 13,96%. 

O Estado do Rio de Janeiro tem os seguintes fatores de competitividade:

6 | INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

O complexo da Infraestrutura e Logística foi selecionado por ser um ativo histórico do estado, com relevante capacidade de arrecadação, além ser considerado seu caráter estrutural para o desenvolvimento econômico, sendo transversal aos demais complexos. A Infraestrutura e Logística dá suporte à atividade produtiva e abrange a infraestrutura física (urbana – abastecimento de água e esgoto, energia elétrica, telecomunicações) e a infraestrutura logística de cargas (portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, dutovias, centros logísticos). A cadeia produtiva básica se refere à construção civil e complementos. Podemos apontar como setores líderes:

São fatores de competitividade do estado do Rio de Janeiro: 

Energia e Telecomunicações são setores com forte arrecadação, geração de empregos e atração de investimentos em T.I. O RJ tem empresas estratégicas para o uso e ampliação da infraestrutura 5 G. 

O setor de saneamento, vital para as diretrizes ESG, apresenta vasta demanda de investimentos, sendo que as concessões para o RJ são urgentes, com reflexos positivos para a indústria local e postos de trabalho.

 Investimentos em logística de cargas tem demanda acumulada no país, e no território fluminense o conjunto de ativos logísticos apresenta excelentes oportunidades, em parcerias público- privadas. São essenciais para o transporte de produtos siderúrgicos, óleo e gás, automóveis, alimentos e bebidas, que inserem competitivamente o RJ no comércio nacional e internacional.

PEDES
Secretaria de Estado Planejamento e Gestão
Subsecretaria de Planejamento Estratégico

Contato
Av. Erasmo Braga nº 118, 10º andar – Centro
Rio de Janeiro, RJ – CEP 20020-000
Telefone: (21) 2333-1817
Email: pedes@planejamento.rj.gov.br